Município de Castro Daire


Oito Municipios vão dinamizar Caminho Português de Santiago

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Cooperação para o Projecto de Marcação e Dinamização do Caminho Português Interior de Santiago envolve Distritos de Vila Real e Viseu

Oito Municípios vão dinamizar 160 km do

Caminho Português Interior de Santiago

Assinatura do Protocolo: 7 de Abril | Edifício da Assembleia Municipal de Vila Pouca de Aguiar

O território do Projecto de Marcação e Dinamização do Caminho Português Interior de Santiago a ser implementado no Interior de Portugal abrange 160 quilómetros (entre Viseu e Chaves) que integram a área geográfica dos Distritos de Viseu e Vila Real. Os concelhos que fazem parte desta rede que vai ser desenvolvida são os Municípios de Viseu, Castro Daire, Lamego, Peso da Régua, Santa Marta de Penaguião, Vila Real, Vila Pouca de Aguiar e Chaves. As entidades regionais de turismo e os bispados também integram esta parceria inter-regional.

Esta iniciativa inédita no território nacional surge sustentada pelas autarquias que vão conjugar esforços ao disponibilizar recursos próprios nas respectivas áreas de intervenção, e que vão desde as infra-estruturas aos recursos humanos necessários para a dinamização deste projecto de turismo religioso e de lazer. Os recursos próprios das autarquias e as sinergias com projectos locais em curso levam a que novos investimentos sejam ínfimos.

A par da marcação e dinamização no caminho, é de realçar a reconversão de edifícios públicos que estão a definhar, nomeadamente antigas escolas, casas florestais e apeadeiros, em futuros albergues de peregrinos que vão revitalizar as aldeias atravessadas.

Com a implementação da rede são esperadas milhares de pessoas que caminhem em segurança ao longo do percurso e, além de aproveitar a marca internacional Caminhos de Santiago, o projecto – como o caminho – tem duplo sentido que leva à utilização da via na Peregrinação a Fátima.

Ambas as situações vão reforçar as potencialidades transfronteiriças e de desenvolvimento social que advirão da implementação deste caminho no Interior de Portugal e que surge como uma vontade intra-concelhia de resiliência à desertificação e aos pacotes turísticos já massificados.

Ao rejuvenescer o caminho do interior, temos o Interior com vida.

 

 

 

Programa

11h30    Recepção

11h45    Abertura pelo Sr. Presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar, Dr. Domingos Dias

12h00    Palestra «O Caminho Português Interior de Santiago», pelo Prof. Arlindo Cunha (Universidade Católica)

12h20    Palestra «A Importância dos Caminhos de Santiago para o Turismo», pelo Dr. Varico Pereira (TUREL).

12h30    Assinatura do Protocolo de Cooperação pelos municípios de Viseu, Castro Daire, Lamego, Peso da Régua, Santa Marta de Penaguião, Vila Real, Vila Pouca de Aguiar e Chaves

12h45    Encerramento da Sessão

13h00    Inauguração da exposição de fotografia «O Nosso Caminho» (DIAFRAGA)

Lançamento do livro «ULTREIA! CAMINHO SEM BERMAS», de António Sá-Gué

 

Informações complementares

- O Caminho Português Interior de Santiago estende-se de Viseu a Chaves, num percurso de cerca de 160 quilómetros e atravessa as regiões Centro, Douro e Trás-os-Montes. Destaca-se a riqueza do património cultural e religioso ao longo deste caminho, bem como o património natural e paisagístico.

- O livro «Caminhos Portugueses de Peregrinação a Santiago – itinerários portugueses», de Prof. Arlindo Cunha, publicado pela Xunta de Galicia em 1995, serviu de base ao reconhecimento e marcação do percurso.

- A exposição de fotografia «O Nosso Caminho», da associação DIAFRAGA, mostra imagens de parte do Caminho de Santiago (surgiu de uma caminhada inserida numa itinerância da Fundação Xacobeo).

- O lançamento do livro «ULTREIA! CAMINHO SEM BERMAS», de António Sá-Gué que é um dos mais fecundos escritores trasmontanos na área da ficção. A ideia do livro nasceu em Abril de 2008, durante uma peregrinação a Santiago de Compostela, feita em bicicleta, a partir de Saint Jean Pied de Port, uma vila fronteiriça, ponto de convergência dos caminhos de Santiago da Europa do Norte. Trata-se assim da narração de uma experiência pessoal. Segundo se lê numa nota introdutória, «este é um livro onde, por um lado, descrevo o caminho e as impressões colhidas ao longo do ‘Caminho Francês’. Por outro, vou garatujando um segundo caminho, simbólico, paralelo a esse, que é o caminho do conhecimento e do não-conhecimento».